10 de setembro de 2011

Crônica - Inversão de papéis

        

        Fui violentado sexualmente! E para quebra geral de expectativa de que algum macho me fez algo, já digo: Fui violentado por uma mulher! 
        É, caro leitor... O mundo está mudado, e continua mudando. Não é que eu não tenha gostado da experiência -era uma bela ninfa- mas é meio estranho ser violentado por uma mulher. 
       As mulheres, como na música de Erasmo Carlos, satisfazem nosso ego se fingindo submissas. Mas, por detrás das cortinas, elas usurpam nossos lugares nas escolas, no trabalho e na sociedade. Mas, elas merecem isso tudo? 
       A execrável verdade é que merecem. E merecem pelo fato de os homens, em uma grande maioria, não estarem agindo como homens. Enquanto as mulheres "marchavam" às ruas buscando direitos e um lugar na sociedade, os homens ficaram estagnados em um patamar. 
        Se os patamares fossem equivalentes agora, não teríamos inversões de papéis, como no meu caso. Teria na verdade uma igualdade sexual, onde cada um tem funções distintas, porém nenhuma menos importante que a outra. 
        Para remediar tal doença social é necessário que os homens, como as mulheres, se esforcem mais. E quando os níveis forem igualados, que haja um consenso sobre as funções e preferências de ambos os gêneros. E o avanço teria de continuar, mutuamente, pois "não avançar é retroceder". 
       E os homossexuais não ficaram fora dessa! Eles devem se adequar ao meio, conquistar os direitos e se igualarem. Assim haverá um "comunismo funcional" entre todos. Então o conceito de "sexo frágil" iria desaparecer. 
        O problema é chegar a tal final feliz, uma vez que existem machistas e feministas. O que não quero é, daqui algum tempo, estar grávido de uma mulher.